quinta-feira, 6 de março de 2014

Feridas e dores


casa de banho tem mesmo algo enigmático ou magnético, das duas uma!
(Suspiro)
Depois de estar ao lado da R sentadinhas no sofá lado a lado, fui tomar banho, e em menos de 2 minutos (acho que a água ainda nem tinha aquecido) entra ela a dizer que tem uma afta.
(Suspiro)

Já ouvi histórias de mães que fecham a porta e levam o computador e a chávena de chá e lá ficam a ver se se esquecem delas....
Digamos que raramente consigo fazer o processo -banho-vestir-secar cabelo- sem interrupções.
Aliás só a primeira palavra do processo é já uma vitória!
E no processo anterior acrescentar -cremes-então é um verdadeiro luxo.

E é nestas alturas que as feridas da R aparecem. Ou que ela as descobre.

Quase sempre é uma ferida que arde sem se ver, que doí e não se sente (assim tipo à Camões).
Para estas um penso rápido geralmente resolve o problema. Ou um beijinho. Ou uma espreitadela de 2 segundos à ferida e dizer que vai ficar tudo bem. Vai passar.

Outras são feridas que doem, não por fora, por dentro (assim mais à Abrunhosa).
Uma dor que desatina sem doer (lá vem o Camões outra vez)
Para estas não há pensos rápidos. São das piores. Das que me doem também. Das que me moem.
Dores de Crescimento
Restam-me dar abraços apertados e mimos. Mas apetece ser mãe leoa....
O amor é mágico (à Expensive Soul). Mas o amor de mãe não resolve tudo. Aconchega mas não cura.

E se há dias em que tenho "asas nos pés" (assim à Clã) , há outros em parece que "o mundo inteiro se uniu para me tramar" (assim à Rui Veloso).

E esperava que eu pudesse acartar com todas as feridas e dores delas.

Tento esquecer a mágoa, guardar só o que é bom de guardar (assim à Mafalda Veiga)...





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