sexta-feira, 19 de setembro de 2014

IR


Gosto deste verbo.
IR
São as iniciais das minhas filhas.
Dá para IR ou para RI.
Gosto das duas combinações embora os nomes não fossem escolhidos a pensar no que dariam as iniciais juntas.

Quando fiz 40 anos recebi uma mensagem de uma agência de viagens, a Papa-Léguas.
Foi com esta frase que me deram os parabéns:
"As nossas viagens poderão não lhe dar mais anos de vida, mas seguramente darão mais vida aos seus anos"

É isso que sinto quando viajo.
Que dou mais vida aos meus anos. Vida à minha vida.
Enriquece-me....pelo menos a alma!

Apesar de ter boas recordações de infância dos sítios onde passava férias com os meus pais, dou comigo a querer variar quando penso em dias livres. Mesmo que o destino seja o mesmo tento variar o hotel, a casa, a praia, os chinelos.... Não sei se faço bem....as minhas filhas passarão a ter várias recordações distintas, de lugares diferentes e não dos mesmos sítios, daqueles aos quais passamos a pertencer como se fosse uma segunda casa.

Viajar está-me no sangue.
Pode ser porque associo à fotografia.
Porque alguns destinos os escolho por pensar nas fotografias que lá hei-de tirar.
Pode ser só vontade de conhecer sítios novos, cultura, tradições e costumes.
Necessidade de me deslumbrar.

Porque estou com o Dalai Lama, "Uma vez por ano vá a algum lugar onde nunca esteve antes".
Sábias palavras.


Pode ser cá dentro.
Pode ser perto.
Pode ser acampar.
Pode ser a pé.

Uma viagem não tem que ser longa, nem longínqua.

Basta IR para dar vida aos meus anos!
Este ano já tenho a minha cota de "lugares novos", uns mais longínquos que outros, é certo.
Não tenho uma lista pequena de sítios onde gostava de ir.
Talvez não tenha anos que cheguem...



Do que mais gosto, é das histórias que guardo, das imagens que trago, dos cheiros que marcam, de pormenores que nos mudam.

Nem que estejam ao virar da esquina...












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