segunda-feira, 10 de agosto de 2015

O meu não querido mês de agosto

Agosto não me é querido.
Quer dizer, não gosto de agosto por cá.
Há quem diga que a cidade fica vazia, que fica tudo mais calmo, menos trânsito, menos filas para tudo....que é uma maravilha. Adoram cá ficar e aproveitar o mês para trabalhar em sossego.

Posso dizer que detesto?!
Detesto que fique tudo fechado.
O café, a mercearia, o quiosque, o talho...
Detesto que apesar de haver menos trânsito haja mais indecisos, lentos, pouco desenrascados e os que fazem pisca para um lado e viram para outro.
Hoje ía um clássico à minha frente. Também ele numa mota clássica.
Ocupava toda a faixa da direita. Sentia-se de certeza o melhor condutor do mundo com o seu capacete anos 50. Depois são os que não sabem onde estacionar...de facto há mais por onde escolher.
E há os que aparentemente não levam as mãos no volante mas pelos vistos esperam ir nas mãos de Deus.

Acho que as pessoas que ficam por cá andam todas mais carrancudas. Atendem com menos simpatia. Suspiram pela chegada das férias ou suspiram porque já acabaram.
E eu suspiro porque é agosto.
O calor lá fora empurra-me para dentro de casa.
Instala-se a vontade da sesta, a acompanhar o ritmo da gata da casa.
Queria estar noutro sítio mas sem ser preciso ir. Porque ir, significa longe.
Há fumo no ar, a marcar o dia de ontem. A lembrar que ainda bem que nem fomos à praia fluvial.
Hoje voltou a ficar muito calor. Está vento.
Pedem-me piscina, mas eu ficava-me pela sesta e pela tentativa de pôr a leitura em dia, em jeito de preguiça.

Espero ansiosamente pelo meu querido mês de setembro.


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