domingo, 20 de setembro de 2015

Mais parecem só 10 minutos.

Deito-me já a passar da meia noite ao lado da minha filha pré adolescente. Seguro a botija de água quente junto ao pescoço dela. A culpa é de uma contratura muscular. Adormeço neste processo ou a fazer-lhe massagens. Já nem sei bem. Acordo às 6h33 da manhã quase na mesma posição. Ela acorda também e diz:"Já podes tirar a botija. Já não está quente".
Pois pudera....6 horas depois....é natural.
Mais parecem só 10 minutos.

Levanto-me para mudar de cama. Antes disso ainda a tapo porque as noites já arrefecem.
Espreito a mais nova. Puxo-lhe o edredon para cima. Deito-me.
Acordo, com a mais nova a chamar, já quase às 10h.
Mais parecem só 10 minutos.

Entro na cozinha e ligo a máquina do café. Ponho uma torrada a fazer.
Ainda antes dela saltar, decido mudar a areia da gata.
A torrada já saltou, mas agora estou a varrer, a levar o lixo lá fora, a cortar legumes para o porquinho da Índia.
A fatia do pão ainda espera. Volto a ligar a torradeira. Finalmente tiro o café. Sento-me à mesa. Praticamente no mesmo instante a gata decide experimentar a caixa de areia limpa....levanto-me.
Vou outra vez ao lixo. Volto.
Acabo por comer o resto da torrada fria, já de pé, com a chávena de café na mão.
A mais nova acha estranho que eu demore tanto tempo a beber um café de manhã...
Mais parecem só 10 minutos.

É como os dias de folga.
Andamos sempre à espera de um...e depois...
...mais parecem só 10 minutos.


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