sábado, 30 de abril de 2016

Duas fotografias na mesinha de cabeceira


Tenho duas fotografias na minha mesinha de cabeceira.
Uma só moldura.
Tenho duas filhas, uma com 13, outra a um mês dos 10 anos. Uma teen e uma tween.

Poderia dizer-se que cada foto é de uma das meninas. Recém nascidas.
Não.
As duas fotografias são da mais velha.
Têm 13 anos. Ela. A moldura. As duas fotografias.
A mesma recém nascida.

E o que responde uma mãe à sua filha mais nova quando esta pergunta
"Qual delas sou eu e qual é a mana?!"

Blá blá blá
É que quando nasceste já não se imprimiam tantas fotos....já havia cartões de memória e não rolos...as fotos estão todas no computador...
Isto é tudo verdade, mas terei desculpa?!

Pior mesmo é que esta pergunta já aconteceu há uns 2 ou 3 pares de anos.
Há fotos no meu quarto da mais nova, mas não na mesinha de cabeceira.
Já tinha tido tempo de imprimir e pôr uma foto de cada uma das minhas bebés na mesma moldura, não?!
Agora que estamos a entrar no mês em que a R faz 10 anos, talvez já imprima umas mais recentes....
E é assim que se vê o tempo a voar....

No tempo dos negativos sempre tínhamos as molduras mais actualizadas...ou tínhamos álbuns e gavetas cheios de fotografias. Agora são pastas no computador, que depois raramente vemos...
E para acrescentar ao anterior....a R ainda nem tem álbum de Batizado! Foi há 9 anos.

Em casa de ferreiro...


sexta-feira, 15 de abril de 2016

Os nuncas que direi...

Nunca é uma palavra que sai muitas vezes da boca para fora.
Usa-se sem pensar.
Atiram-se "nuncas" em jeito de acusações e afirmações, mas muitos desses "nuncas" são na verdade só uns "às vezes", ou quando muito uns "quase sempre"...

Os "nuncas" devem ser usados com conta peso e medida a não ser que se refiram a ações passadas e mesmo nessas é precisa uma certeza inabalável e confiança cega na memória.

Há uns tempos eu talvez dissesse que nunca estaria perto de uma aranha bem grande, quanto mais de uma tarântula. E estive. Bem perto até. Tão perto que a foto é sem zoom e foi tirada por mim!


Arrisco alguns "Nuncas" para a minha vida futura.
São poucos eu sei, mas "Nunca" é uma palavra perigosa...

# Nunca hei-de ter os livros organizados por ordem alfabética, ou por cores....Quem sabe um dia talvez por coleções ou temas.

# Nunca, na minha casa, uma embalagem Fairy há-de durar tantas semanas como dizem nos anúncios.

# Nunca hei-de verificar se o detergente líquido da roupa dá mesmo para 64 lavagens.

# Nunca o meu chão passará no teste do algodão...nem nos seus melhores dias. Fica a ressalva para o caso de um dia existir algodão acinzentado.

# Espero Nunca mais ir de férias sem levar mais do que um par de meias!
 (Principalmente para um destino sem lojas de pronto a vestir... )

terça-feira, 12 de abril de 2016

Teen & Tween


Hoje descobri que além dos Teens há Tweens!
Nunca tinha ouvido falar dos tweens. Pela sonoridade, até confundi com twins.
Tive que ir procurar o que seriam os Tweens.

Quanto às idades varia ali entre os 8 (ou 9) e os 12, mais coisa menos coisa, ou seja traduzindo é a pré adolescência.

Parece que o termo Tween foi usado por Tolkien, no seu famoso livro "The Lord of the Rings" para se referir aos Hobbits na casa dos 20....que poderia no contexto ser uma abreviatura de Between ou uma junção de teen e twenty...

Nos dias de hoje refere-se à pré adolescência.
Ou seja tenho uma de cada cá em casa!

Pesquisando, da definição consta o seguinte:
"Too old for toys too young for boys"

Parei aqui....mas será que dos brinquedos para os rapazes não há uma transição mais suave?!?

Assim vai a vida. A passar em grande velocidade.

sábado, 9 de abril de 2016

Sorrrisos, em forma de cenas da vida real.

Fim de semana chuvoso e frio.
Chuvoso pode não ser de estranhar em Abril, mas o pack completo dispensava-se.
Já chegaram as glícinias. Os dias estão mais compridos.
Começam a apetecer as primeiras mangas curtas, os primeiros gelados, picnics, molhar os pés...

Enquanto não chegam, partilho sorrisos, em forma de curtos pensamentos, constatações, reflexões, enfim cenas da vida real dos últimos dias.


# A mais nova acorda a dizer que foi picada por um crocodilo.

# Agora, que já não há bebés por cá, é a gata que me acorda de noite.

# Experimento uma roupa numa loja e a minha filha (ainda a mais nova) torce o nariz e diz " Ai mãe....assim pareces mais nova...."

# Informo: "Estou mesmo a chegar!" - E de repente entope-se o trânsito.
 
# Vejo uma matrícula "TI", o meu cérebro processa a informação para Tudo Incluído!

# A senhora do carro da frente está parada no semáforo a descascar tangerina e a atirar as cascas pela janela.

#Ouço na fila do suchi: "Eu depois a seguir vou comer uma bifana!" - Esta só por si podia entrar na categoria Frases que ouço por aí!





quinta-feira, 7 de abril de 2016

Quando uma mãe também cresce por fora...

No mesmo dia:

1) Num restaurante dão-me os parabéns por acharem que estou grávida.

2) Um senhor agente da autoridade manda-me parar a viatura. Não tenho comigo a carta de condução. Volvidos uns minutos de volta do computador o senhor agente regressa. Entrega-me a documentação do carro pelo vidro e diz "Pronto vá lá...olhe e já agora, trate de mudar isto que também não está bem (ainda andava com a carta verde do seguro antiga, assim como a vinheta desatualizada)...
Será que fui perdoada por o senhor achar o mesmo que no ponto 1??!  E eu nem saí do carro....
Vou acreditar que foi porque estava com a miúda mais nova comigo e o senhor agente estava num dia bom.

Não trago menino ou menina no regaço senhores e senhoras.
Talvez sejam sinais de que me devo inscrever num ginásio.
Isto de só andar em correrias mas sentada a conduzir....se calhar não queima muitas calorias....só mesmo neurónios, logo destes que eu precisava tanto!

Das duas uma, ou mudo para Marte ou posso começar a estacionar em lugares especiais.




terça-feira, 5 de abril de 2016

Uma a riscar da lista!


Este kit de escavação podia ser bom para praticar a paciência, para entreter pelo menos uma horita. Tinha potencial para isso! Seriam 2 euros muito bem empregues. Só que não.
Depois de descobrir a pata do dinossauro, começou a puxar por ela como quem espera que o resto venha agarrado e pronto.
A arte de escavar, pincelar e ir descobrindo devagarinho o que estará debaixo de muitas camadas de pó não foi feita para quem quer o dinossauro inteiro, em vez de o completar juntando "peças"...
Agora entendo também a falta do fascínio por puzzles.
Espanta-me como não lhe terá ocorrido atirar o pedaço de gesso ao chão, apesar de ter batido com ele na mesa várias vezes....suponho que até lhe ocorreu...
Lá está, às vezes sabemos à partida que certas profissões não serão para nós.
Arqueologia não será o forte dela.
A bem da própria arqueologia e da recuperação intacta de objetos, fósseis, vestígios...


domingo, 3 de abril de 2016

Mesmo aqui ao lado


Tínhamos planos para escapadela a dois.
Decidimos mudar.
De um dia para o outro estávamos os quatro no carro de malas prontas.
Destino: Gredos, Espanha. Caminhada na neve.
Há quem pense que nos aventuramos muito, mas a maior aventura seria mesmo o número de horas no carro com a R...
A tradição é rumar a Sul pela Páscoa. Nós rumamos a Este, ao País vizinho.

Chego a pensar que as minhas miúdas são as únicas que passam a vida a queixar-se.
Ele é o número de horas da viagem. A falta de músicas no telefone. A posição no banco do carro.
Querem saber o que vamos fazer no dia seguinte. Onde? Quando? Como?
Ora está muito frio. Ora aquece de repente.
Ora é muito a subir. Ora a bota magoa. Ora a camisola faz comichão.
Depois cai o bastão, as luvas molham-se e o cabelo não cabe no carapuço.
...



Reparo na aparente descontração dos espanhóis que nos rodeiam. Levam os miúdos às costas, uns andam na neve de sapatilhas e todos molhados...Até papa fazem para bebés, sentados numa rocha.... Sei que pouco tempo depois dei comigo a pensar e a verbalizar que se calhar para a próxima mantínhamos o plano inicial de escapadela a dois... Eu sei, não se diz...Respiro fundo.
Eu sei que não são as únicas. E afinal somos uns sortudos por elas nos quererem acompanhar e preferirem ir do que ficar no sofá.

Quando a paisagem se tornou mais branca, as queixas diminuíram e o entusiasmo subiu de tom.

 
 

 


Em cima da ponte, algures na "senda da laguna grande" pai e I seguiram em frente até à lagoa. Eu e R voltamos para trás. Eles dormiriam num refúgio na montanha. R ainda achou que poderia ir também....mas desta vez ainda não. A partir deste momento e até ao início da tarde do dia seguinte não teríamos contacto com eles.






(O refúgio está na imagem, logo ali a seguir à grande lagoa congelada)


De volta ao carro, ainda deu para brincar, saltar ao eixo e perder uma bota. Jogamos ao ABC fotográfico, que se revelou muito difícil nestas paragens, apelando à criatividade.




Após esta decisão sensata de não levar a R até ao refúgio (se bem que eu cá acho que ela teria conseguido) e já no hotel, caiu pelas escadas abaixo....Quer dizer, poupamos a rapariga a uma caminhada mais longa e depois duas negras, uma em cada canela. Ao menos ficou só por aqui...

É inevitável não pensarmos sempre nos outros dois de nós. Será que chegaram bem? A I terá gostado da caminhada? Será que ficou muito cansada? É o que dá a dependência da tecnologia na facilidade de contacto a cada instante, mas sem rede nada a fazer...



Eu e a R ficamos pelo descanso. Pelo bocadillo gigante, pelo caldo que não é bem sopa, por umas tapas com tempero a mais para ela. Mas não se queixou mais. Disse até que por ela estava tudo bem. Petiscou amendoins, à lareira, a fazer festas a uma gata e com saudades da nossa.



Acordamos mais tarde que o previsto.
Tivemos de estacionar mais longe do que no dia anterior. Mais 500m na caminhada, por estrada. Dia mais quente. Sol aberto. Menos agasalhos. Mais gente.
Quase às 13h tivemos notícias deles e eles nossas. Já não iríamos até à ponte.
Acenamos quando os vimos. A R foi a correr como se não os visse há dias e dias.
Queria contar tudo. A I também.

Foi tempo de escorregar em saco, de batalhas de neve, de mudas de roupa.
Acho sempre que as minhas são as mais barulhentas...que berram e fazem demasiado alarido... Mas era talvez por serem as únicas a falar português.




A fome chegou e uma esplanada para "alagartar" pareceu o melhor. E foi. Mas pouco depois parecia Verão e o Sol lá nos fez mais corados. Havia protetor solar, mas lá está....ora fica peganhento, ora não gostam do cheiro... O Wifi (leia-se úífi, em espanhol) deu para ligar à Terra e tentar saber se as notas já tinham saído.


A paisagem apelava ao descanso. Ao repouso. Ao silêncio. Mas não tenho miúdas dessas.
Decidiram pintar, tarefa à qual dedicaram uns valentes 15 minutos, sempre numa grande animação. Tal, que afugentaram uns vizinhos do sol...

Ainda deu para uns passeios ao entardecer, antes de dar o dia por encerrado.
Sempre com muita alegria e energia.
Antes assim!



sábado, 2 de abril de 2016

Curtas de Março

Março teve uma quinzena recheada de eventos gímnicos.
Mas ainda deu tempo para:
 
 
Apreciar o início da Primavera. Ela anda aí embora meio escondida.
Descansar, ainda em modo Inverno.
Redescobrir recantos da cidade.
Aventuras e diversão em família.
Encontrar preciosidades. Uma joaninha na neve e um esquilo atrevido.
Novos desafios.
Ouvir e falar outra língua.
Conhecer novas cidades.
Admirar Património.
 
Tanto tanto.